Wellington Ares
sexta-feira, 22 de abril de 2016
Português Danado
Por Lidiana Galvão
Conceito tá batendo
Texto tá no livro
Lendo e aprendendo
Pega interpretação!
Trá, trá, trá, trá, trá
Os que gostam de ler vão no trá
Trá, trá, trá
Trá, trá, trá, trá, trá
Português batendo
Conceito tá danado
Texto tá no livro
Lendo e aprendendo
Ele tá danado
Tá querendo estudar
Já tá todo mundo lendo
Tá pronto pra a aprender
Pega interpretação!
Trá, trá, trá, trá, trá
Os que gostam de ler vão no trá
Trá, trá, trá
Trá, trá, trá, trá, trá
terça-feira, 12 de abril de 2016
Artífices da Linguagem

Atualmente vive-se uma aceleração contínua das tecnologias, exigindo da sociedade uma rápida adaptação da formação profissional. O exercício mecanicista das formas de organização do trabalho em linhas de montagem e em função específicas está desaparecendo. Urge nesse novo contexto, perfil diferenciado de profissionalismo. Sujeitos com formação direcionada para aquisição e aplicação de vários tipos de conhecimentos, habilidades, inteligências múltiplas e competências variadas. Assim, alguém que concomitante seja um especialista e um generalista: saiba suas funções, compreende e execute o processo de produção, relacionando seu trabalho sob ação contextualizada. Pois, mediante esse cenário, faz-se necessário investir na qualidade educativa, através de currículo intercultural, na gestão educacional e ainda na avaliação dos sistemas, sobretudo na formação do sujeito, quer em sua atuação docente ou discente.
A
formação do professor de língua portuguesa
*Elaine Nascimento Raulino
O professor de língua portuguesa, como um
profissional da educação, precisa investir na sua profissionalização para
atender às demandas políticas especificamente as Diretrizes Curriculares para o
Curso de Letras relacionadas ao desenvolvimento de competências e habilidades.
A proposta dos
princípios norteadores dessas Diretrizes estabelece a visão de Universidade,
enquanto espaço produtor e detentor do conhecimento, instância direcionada para
considerar às necessidades educativas e tecnológicas da sociedade, além da
flexibilidade na organização do curso, consciência de diversidade e
heterogeneidade do conhecimento do aluno.
Nesse sentido, propõe
o papel do professor de língua portuguesa como orientador responsável pelo
ensino dos conteúdos programáticos, pela qualidade da formação do aluno,
enquanto sujeitos capazes de lidar com a linguagem de forma crítica,
especialmente a verbal, nos contextos oral e escrito, conscientes de sua inserção
na sociedade e nas relações interpessoais, dominar o uso da língua ou das
línguas que sejam objeto de seus estudos, em termos de estrutura,
funcionamento, manifestações culturais e variedades linguísticas, fazer uso de
novas tecnologias, compreender sua formação profissional com processo contínuo,
autônomo e permanente, ter capacidade de reflexão crítica, nas questões
relativas aos conhecimentos lingüísticos e literários.
Para efetivar essa
proposta urge trabalhar na perspectiva teórico-metodológico do ensino produtivo
de língua portuguesa epistemologicamente fundamentada na educação lingüística.
Essa metodologia do ensino oportuniza o aluno vivenciar múltiplas situações de
aprendizagem da língua em uso, na extensão dessa língua de maneira mais
eficiente, a fim de desenvolver a competência comunicativa que implica o
usuário saber falar, ouvir, escrever e ler.
Travaglia (2007)
afirma, de forma peremptória, que
a
educação linguística deve ser entendida como o conjunto de atividades de
ensino/aprendizagem, formais ou informais, que levam uma pessoa a conhecer o
maior número de recursos da sua língua e
ser capaz de usar tais recursos de maneira adequada para produzir textos a
serem usados em situações específicas de interação comunicativa para produzir
efeito(s) de sentido(s).
As aulas de português
seriam então aulas numa concepção interacionista, funcional e discursiva da língua
alicerçadas em teoria sociointeracionista vygotskiana da aprendizagem, nas
atividades de letramento, na utilização de textos, discursos, gêneros textuais
diversificados considerando aspectos cognitivos, sócio-políticos, enunciativos
e linguísticos envoltos no processo de ensino/aprendizagem dessa língua.
As atividades linguísticas
necessariamente textuais arroladas nas questões de produção, recepção,
compreensão de textos e suas funções sociais consistem o foco para o ensino
produtivo da língua. Nas intervenções pedagógicas do professor na sala de aula
para promover o desenvolvimento de habilidades de falar e ouvir poderiam ser
utilizadas o ato de contar história, recontar, argumentar, debater, justificar,
informar, expor, avisar, apresentar, convidar, interpretar, manifestar, etc
Para o desenvolvimento da competência da
escrita, providenciar a produção de vários gêneros textuais orientados em etapas
de planejar, escrever e reescrever. No tocante a leitura, ultrapassar a ação de
decodificação para uma prática interativa entre leitor, texto, autor no alcance
da reflexão e compreensão da realidade.
No uso prioritário da gramática superar o
ensino de definições e nomeações de
unidades linguísticas, para o ensino com estratégias metacognitivas, com
formulação de objetivos prévios à leitura e predições sobre o texto, bem como,
a capacidade gramatical de análise dos elementos linguísticos fonológicos,
morfossintáticos, semânticos e estilísticos compreendidos de forma global
através também da inferência lexical.
As práticas
pedagógicas desse profissional da educação deveriam direcionar-se para o ensino
da língua com todas as suas variedades, forma, função e uso, na medida em que
haja a consecução dos objetivos dos usuários em situação de comunicação social.
* Professora do IFMA/CCH. Mestre em
Cultura e Sociedade- UFMA. Especialista em Magistério Superior e Graduada em
Letras.
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