Desde Aristóteles, o
conceito de gênero está relacionado a convenções de forma e conteúdo. Na
chamada arte retórica, arte de persuadir, desenvolvida com o intuito de
instruir a formação e produção de escritores e oradores. Com o decorrer do
tempo, a caracterização de gênero como textual e literário foi sendo alterada,
ampliando essa concepção. Atualmente, é inserido nos estudos de gênero um
contexto mais abrangente, social e cultural nas linguagens utilizadas. As ações
sociais resultam a similaridade entre os elementos textuais, comumente em
situações desenvolvidas no cotidiano.
“Se
não existissem os gêneros do discurso e se não os dominássemos, se tivéssemos
de criá-los pela primeira vez no processo da fala, se tivéssemos de construir
cada um de nossos enunciados, a comunicação verbal seria quase impossível”
(BAKHTIN, 2000: 302).
As diferentes formas de
linguagem empregadas nos textos conseguem ser mais formais ou mais informais.
Nas situações de comunicação, são as forma da organização da língua em
constante uso, os gêneros textuais. Na
produção desses discursos comunicativos, os textos podendo ser orais ou
escritos, possuem um conjunto de características. Cada gênero textual possui
seu próprio estilo e estrutura, podemos destacar os gêneros dissertativos e
narrativos.
Dissertação: explicação ou
desenvolvimento de um determinado assunto, pronunciando sobre o mesmo. Podendo
ser de categoria expositiva ou argumentativa, correspondendo ao objetivo do
agente causador.
Dissertação-exposição: apresentando,
expondo, explicando, refletindo e avaliando idéias de maneira objetiva, um
conhecimento ou saber teórico, já construído e legitimado, no texto
dissertativo-expositivo são manifestados as idéias sobre um referido assunto
com o objetivo de comunicar a informação.
Dissertação-Argumentação: no
texto dissertativo-argumentativo, as idéias são defendidas, segundo
perspectivas do autor. O interlocutor é persuadido com a explicação do texto. Além
do recebimento da informação na ocorrida situação, o objetivo é o convencimento
de algo, geralmente usando a linguagem denotativa. Exemplo:
Jornal Opnião
Socialista N°498, julho de 2015
Narração: sendo participante
ou não, o narrador relata um acontecimento ocorrido em lugar e tempo, real ou
fictício, que envolve alguns personagens. Os objetos do mundo são os referidos,
tendo o passado o tempo verbal predominante. Cotidianamente as narrações nos
rodeiam, desde as histórias infantis até as lendas da cultura popular.
Geralmente, as obras narrativas possuem elementos estruturais e estilísticos em
comum, os questionamentos: quem? o que? quando? onde? por quê? devem ser
respondidos. Exemplo:
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